quinta-feira, 28 de abril de 2016

Formação de comunidades de leigos: quem é o responsável? A contribuição de Luigi Giussani

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Ressaltamos em nosso post do dia 4 de abril [1] a importância da contribuição das comunidades expressivas de experiências religiosas, em todas as religiões, para a renovação da política e da sociedade brasileira. Neste, desejamos citar brevemente as contribuições do P.e Luigi Giussani sobre um aspecto fundamental para a formação dessas comunidades: Quem é o responsável? Quais sãos suas características fundamentais do ponto de vista cristão? 
Partimos de uma pergunta: por que hoje, a contribuição de uma verdadeira religiosidade alimentada constantemente por comunidades vivas, parece ser tão pouco visível e consistente? Por que parece que a vida de tantas pessoas religiosas é cindida em duas partes: o âmbito da religiosidade privada ou dominical e o âmbito do mundo? Quase como se fossem dois mundos paralelos, quase nunca comunicantes? Ou, por outro lado, por que tantos leigos que realizam ações públicas a partir da própria fé ou constroem obras se sentem muitas vezes sozinhos? Sem dúvida há uma longa história e um ambiente cultural com certas características para chegarmos a essa situação; mas o que nos interessa é buscar entender como sair dessa dicotomia, pois nem Cristo, nem os apóstolos, nem tampouco as primeiras comunidades, ou os cristãos dos primeiros séculos, a viviam.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Apresentação do livro "O nome de Deus é misericórdia"

Apresentação do livro "O nome de Deus é misericórdia", do Papa Francisco.
Dia 29 de abril de 2016
Horário: 19h
Local: Colégio Padre Antônio Vieira
Rua Humaitá, 52 - Humaitá
Rio de Janeiro

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Um retorno às fontes: diálogo inter-religioso e ecologia

Laboratório de Análise de Processos em Subjetividade (LAPS/UFMG) convida:
Um retorno às fontes: diálogo inter-religioso e ecologia
http://www.dialogointerreligioso.fafich.ufmg.br/
UFMG, Belo Horizonte
Transmissão ao vivo no dia 6 de maio por  www.ufmg.br/aovivo

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segunda-feira, 4 de abril de 2016

No caminho para a renovação da política e da sociedade brasileira: a contribuição da religiosidade


Muito se tem falado que o combate à corrupção no Brasil depende da educação. Mas que educação? Será que basta aumentar a escolaridade? Bom, os corruptos que estamos vendo por aí têm inteligência, pois conseguiram galgar muitos patamares sociais, e muitos também têm alta escolaridade. Isso não quer dizer que a escolaridade média do povo brasileiro não esteja muito aquém do aceitável para um país que deseja se desenvolver economicamente; mas o aumento da escolaridade não é suficiente para levar um povo a desejar não trapacear quando tem oportunidade, roubar mesmo em pequenas coisas que parecem ter pouca valia, deixar de ser egoísta e oportunista e só pensar no interesse próprio.

domingo, 3 de abril de 2016

Ideologia e terror: uma nova forma de governo

Como subsídio para pensarmos mais adequadamente o período que estamos vivendo, no Brasil, propomos o capítulo "Ideologia e terror: uma nova forma de governo", do livro Origens do Totalitarismo, de Hannah Arendt. A autora nos lembra, entre outras coisas, que o tipo ideal de sujeito numa experiência totalitária é o homem para quem a diferença entre fato e ficção - isto é, a capacidade de se certificar da realidade da experiência - e entre verdadeiro e falso - aquilo que normatiza o pensamento - não existe mais.

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Por Hannah Arendt

Nos capítulos precedentes, reiteramos o fato de que os métodos do domínio total não são apenas mais drásticos, mas que o totalitarismo difere essencialmente de outras formas de opressão política que conhecemos, como o despotismo, a tirania e a ditadura. Sempre que galgou o poder, o totalitarismo criou instituições políticas inteiramente novas e destruiu todas as tradições sociais, legais e políticas do país. Independentemente da tradição especificamente nacional ou da fonte espiritual particular da sua ideologia, o governo totalitário sempre transformou as classes em massas, substituiu o sistema partidário não por ditaduras unipartidárias, mas por um movimento de massa, transferiu o centro do poder do Exército para a polícia e estabeleceu uma política exterior que visava abertamente ao domínio mundial. Os governos totalitários do nosso tempo evoluíram a partir de sistemas unipartidários; sempre que estes se tornavam realmente totalitários, passavam a operar segundo um sistema de valores tão radicalmente diferente de todos os outros que nenhuma das nossas tradicionais categorias utilitárias — legais, morais, lógicas ou de bom senso — podia mais nos ajudar a aceitar, julgar ou prever o seu curso de ação.