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Ressaltamos em nosso post do dia 4 de abril [1] a importância da contribuição das comunidades expressivas de experiências religiosas, em todas as religiões, para a renovação da política e da sociedade brasileira. Neste, desejamos citar brevemente as contribuições do P.e Luigi Giussani sobre um aspecto fundamental para a formação dessas comunidades: Quem é o responsável? Quais sãos suas características fundamentais do ponto de vista cristão?
Partimos de uma pergunta: por que hoje, a contribuição de uma verdadeira religiosidade alimentada constantemente por comunidades vivas, parece ser tão pouco visível e consistente? Por que parece que a vida de tantas pessoas religiosas é cindida em duas partes: o âmbito da religiosidade privada ou dominical e o âmbito do mundo? Quase como se fossem dois mundos paralelos, quase nunca comunicantes? Ou, por outro lado, por que tantos leigos que realizam ações públicas a partir da própria fé ou constroem obras se sentem muitas vezes sozinhos? Sem dúvida há uma longa história e um ambiente cultural com certas características para chegarmos a essa situação; mas o que nos interessa é buscar entender como sair dessa dicotomia, pois nem Cristo, nem os apóstolos, nem tampouco as primeiras comunidades, ou os cristãos dos primeiros séculos, a viviam.