O nome Lux mundi faz referência a Cristo (Jo 8, 12) e ao mesmo tempo aos cristãos como lâmpadas acesas que não devem ficar escondidas debaixo do móvel, mas permanecer à vista de todos para tudo iluminar – segundo a indicação evangélica (Mt 5, 14-15).
O Núcleo Cultural nasce com a consciência do drama histórico contemporâneo e da missão própria da presença cristã nesse contexto. Luigi Giussani a expressa assim: "Na noite em que todos afundam, na noite de inconsciência do mundo ('treva sobre o abismo', na expressão de Eliot a respeito de um mundo no qual o homem, como consciência, é dividido, despedaçado, bloqueado, disperso pela sua incapacidade), nós vigiamos: nos foi dada uma luz que ilumina desde a intangível profundidade do coração até o último horizonte do olhar, conteúdo de uma experiência - possível de ser feita, que somos chamados a fazer - na qual reverbere a ressurreição final" [1].
O Núcleo Cultural Lux Mundi agrega pessoas que se reconhecem numa posição cultural claramente ancorada na experiência cristã, segundo a flexão proposta pelo sacerdote, educador e pensador italiano Luigi Giussani (1922 -2005), e por isso mesmo aberta às diversas presenças significativas no cenário cultural contemporâneo, mirando e apontando experiências humanas autênticas. Na expressão de Hannah Arendt, essas são "luzes em tempos sombrios (...) que podem vir da luz incerta, bruxuleante e frequentemente fraca que alguns homens e mulheres - nas suas vidas e obras - farão brilhar em quase todas as circunstâncias e irradiarão pelo tempo que lhes foi dado na Terra" [2].
O objetivo é propor formas de expressão cultural (juízos expressos em textos, eventos, cursos, documentações etc.) diante dos acontecimentos da realidade brasileira e global, no âmbito político, cultural, artístico, social e religioso.
Tem a missão de difundir e transmitir no contexto brasileiro o pensamento de Luigi Giussani.
Notas
[1] GIUSSANI, Luigi. In cammino: 1992-1998. Milano: BUR, 2014, p. 119.
[2] ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 9.