sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Uma “fonte de piedade” para reconstruir o homem

Diante do mal que, de muitas formas, marca este nosso tempo, contra a “globalização da indiferença” [1], a voz dos grandes artistas nos lembra o que é autenticamente humano. 
Nesse sentido, propomos as palavras de Luigi Giussani ao apresentar o famoso Requiem de Mozart na Coleção Spirto Gentil. Através da música deste compositor, Giussani nos leva a compreender que o mal não é a última palavra. Há no mundo uma “fonte de piedade” que permite que o homem seja reconstruído. Basta aceitá-la.


Por Luigi Giussani

Mozart, artista supremo e profundamente cristão, representa no Requiem o mal do homem, o ódio do mundo, a maliciosidade do pecado dentro do resplendor da misericórdia de Deus.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O momento atual: um problema não apenas socioeconômico, mas de dignidade da pessoa

[*]

Provavelmente as sensações mais fortes na pessoa que vive intensamente o momento político-econômico sejam de incerteza e desorientação. O que nós, que não somos nem políticos, nem poderosos, podemos fazer? Como e por que as coisas chegaram a este ponto? Para entender o momento atual e ter critérios para nos orientarmos nesta situação, é importante começarmos por entender a nossa experiência e a das pessoas que vivem conosco esta mesma perplexidade. Apesar das muitas diferenças sociais e políticas, todos nós temos no coração as mesmas exigências fundamentais e quando procuramos partir delas sempre poderemos construir um diálogo que supere as barreiras ideológicas.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Tributo de gratidão de Bergoglio a Giussani

Luigi Giussani (*15/10/1922 - +22/02/2005)

Completados 10 anos de falecimento de Luigi Giussani, publicamos texto do Cardeal Bergoglio, agora Papa Francisco: despertar o humano para que Deus figure como sentido.

Para o homem

Por Cardeal Jorge Mario Bergoglio (Papa Francisco)

Ao dar uma palestra durante a apresentação da edição espanhola do livro O Senso Religioso de Luigi Giussani, eu não estava simplesmente cumprindo um ato formal de protocolo ou demonstrando o que poderia parecer uma mera curiosidade profissional sobre um trabalho que traz como foco uma explicação da nossa fé [1]. Acima de tudo, eu estava expressando a gratidão que é devida a Monsenhor Giussani. Há muitos anos, seus escritos me inspiram a refletir e me ajudam a rezar. Eles me ensinam a ser um cristão melhor, e o que falei na apresentação foi para dar testemunho disso.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Senhor, Tu sabes tudo!

Na sequência de posts em memória dos 10 anos de falecimento de Luigi Giussani, publicamos hoje um trecho do documentário realizado pela Rete4, italiana, no ano da morte do fundador de Comunhão e Libertação. Nesse trecho, Giussani, em 1989, comenta o capítulo 21 do Evangelho de São João. 

"Quando eu disse 'Senhor, sim, eu te amo!' [...], apesar de toda essa aparência, apesar das aparências até de mim para mim mesmo, Tu sabes que eu Te amo! Eu Te amo! Eu amo Cristo, quer dizer, eu quero Cristo. E 'eu quero' significa 'eu afirmo'. Eu Te afirmo, eu reconheço Quem Tu és! Eu reconheço o que és para mim, para tudo." (Luigi Giussani)


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A batalha de Dom Giussani pela liberdade do homem, entre religiosidade e poder

A três dias da celebração dos 10 anos de falecimento de Luigi Giussani (1922-2005), propomos, hoje, um vídeo no qual se apresenta um trecho de um diálogo ocorrido em 1986, em New York - "Cristo, tudo o que temos".

"Mas se há no homem algo que deriva diretamente da origem das coisas, do mundo - a alma -, então o homem é realmente livre. Não há como o homem se conceber livre em sentido absoluto: sendo que antes não existia e agora existe, depende. Necessariamente. A alternativa é muito simples: ou depende dAquilo que faz a realidade, ou seja, de Deus, ou depende dos movimentos casuais da realidade, ou seja, do poder. A dependência de Deus é a liberdade do homem" (Luigi Giussani)


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Miserere nobis, Domine: Adélia Prado

Iniciada a Quaresma, propomos um trecho de uma entrevista com Adélia Prado - no programa "Imagem da Palavra", do dia 23 de outubro de 2014 -, na qual a poeta explica a motivação do título de sua mais recente obra - (Miserere, publicado pela Record).

“A palavra miserere é um termo muito forte porque significa misericórdia, compaixão. Miserere nobis: tenha compaixão de nós!”



terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Cláudio Pastro: prática e teoria da ambientação litúrgica

No número 39 (jul-ago/2014) da Communio – Revista Católica Internacional, em sua versão francesa, o Padre Jean-Robert Armogathe [*] publicou um artigo a respeito do artista plástico Cláudio Pastro. As monjas do Mosteiro Beneditino de Nossa Senhora da Paz (Itapecerica da Serra/SP) traduziram o artigo e gentilmente nos cederam o direito de publicá-lo no blog do Núcleo Cultural Lux Mundi.
Segundo o editorial da revista, “o movimento litúrgico do século XX se inscreve na longa duração da reforma tridentina e do renascimento de uma abordagem doutrinal, teológica, da liturgia” [1]. “Essas preocupações teológicas têm o primeiro lugar na ambientação interior das igrejas onde Cláudio Pastro trabalhou: esse artista brasileiro, posto em destaque por Bento XVI (que lhe encomendou os vasos sagrados usados pelo Papa Francisco para a liturgia da JMJ do Rio/2013) e Francisco, inspirou-se nas obras de Romano Guardini e Louis Bouyer e esteve na escola dos beneditinos franceses.” [2]

Por Jean-Robert Armogathe

Formado por liturgistas, na escola de Romano Guardini e de Louis Bouyer, o brasileiro Cláudio Pastro (nascido em 1948) projetou, construiu, ambientou várias centenas de igrejas, oratórios, capelas: suas obras plásticas e seus ensinamentos fazem dele um dos mais influentes mestres contemporâneos.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

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domingo, 8 de fevereiro de 2015

O que é uma presença...

8 de fevereiro de 2015. Papa Francisco visitou a Paróquia de São Miguel Arcanjo, no bairro de Pietralata, em Roma. Mas, antes de chegar, parou por alguns minutos num acampamento de refugiados e imigrantes latino-americanos, a 300 metros da igreja. A visita do Papa não era esperada, foi uma surpresa para todos, especialmente para os habitantes do campo, que, quando o viram, correram ao seu encontro, primeiro as mulheres e as crianças, depois também os homens. Papa Francisco ficou com eles e rezou o Pai Nosso, antes de chegar, junto com o pároco que o acompanhou, à Paróquia de São Miguel onde era esperado por fiéis. No vídeo abaixo, os primeiros 90 segundos mostram como foi esse encontro. Na sequência, o encontro com as crianças da Paróquia.


"A novidade é a presença deste acontecimento de afeição nova e de nova humanidade, é a presença deste inicio do mundo novo."
(GIUSSANI, Luigi. Dall'utopia alla presenza. Milano: BUR, 2006, p. 66).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Para novos inícios


O Brasil está em queda livre. Cada dia subseguem-se nos jornais as notícias desta queda: falta de energia e de água; corrupção acarretando a gravíssima crise da Petrobrás e a perda da credibilidade internacional; crise das indústrias e planos de demissões, voluntárias e involuntárias, crise da educação em geral e das instituições universitárias; alta do dólar e do câmbio; inflação; violência cada vez mais presente em todos os níveis do cotidiano das pessoas etc.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O Lux Mundi na Zenit

A agência Zenit publicou, sob o título "Diante da eclosão dos terrorismo no mundo há uma forte negação do valor da pessoa", a primeira contribuição do Núcleo Cultural Lux Mundi. Como o momento traz à tona, uma vez mais, o problema do terrorismo, resolvemos deixar no alto do blog o conteúdo dessa nossa primeira postagem.
Acesse a Zenit clicando aqui.

O grande equívoco
Diante da eclosão dos terrorismos no mundo, estamos assistindo a enfrentamentos: por um lado, a sociedade europeia, norteada pelas ideologias da modernidade e da pós-modernidade, posicionando-se a favor da “liberdade de expressão”; por outro lado, outras sociedades, que poderíamos definir tradicionais, posicionando-se a favor de valores absolutos que em nenhum caso devem ser blasfemados e violados. As reações diante destes enfrentamentos são várias, como as de quem, como Contardo Calligaris (vide Folha), vem declarando que a única certeza absoluta que deve ser afirmada e unir as pessoas é a “de não ter certeza nenhuma”.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Nova atualização

Atualizamos a página de Integrantes do Núcleo Cultural Lux Mundi, no Blog, com a inclusão de um novo integrante.
Clique aqui ou na guia "Integrantes" no alto da página.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Atenção!

Atualizamos a página de Apresentação do Blog.
Clique aqui ou na guia "Apresentação" no alto da página.

Respeitar o ambiente e a dignidade da pessoa

Tendo em vista os graves problemas ambientais, energéticos e hídricos que assolam nossas cidades brasileiras, propomos alguns trechos da carta encíclica do Papa Bento XVI, Caritas in veritate (50 – 52), apontando a unidade profunda entre pessoa, sociedade e ambiente.

Por Bento XVI


“É uma contradição pedir às novas gerações o respeito do ambiente natural,
quando a educação e as leis não as ajudam a respeitar-se a si mesmas.”


"Devemos sentir como gravíssimo o dever de entregar a terra às novas gerações num estado tal que também elas possam dignamente habitá-la e continuar a cultivá-la. Isto implica 'o empenho de decidir juntos depois de ter ponderado responsavelmente qual a estrada a percorrer, com o objetivo de reforçar aquela aliança entre ser humano e ambiente que deve ser espelho do amor criador de Deus, de Quem provimos e para Quem estamos a caminho'. [i]
(...)