segunda-feira, 11 de maio de 2015

Crise também na educação


Nas últimas semanas, são notícias cotidianas: as greves dos professores em vários estados do país, a crise da Universidade de São Paulo, os problemas financeiros de várias universidades públicas no Brasil. Tudo isto nos remete, mais uma vez, ao grave e crônico problema da educação no país. E a crise geral deste momento evidencia ainda mais sua gravidade.
Com efeito, se for verdade que, mesmo nos tempos mais sombrios, o novo início, a esperança da história, é cada ser humano que nasce [1], da sociedade se exige o cuidado para que este novo ser humano possa de fato se tornar sujeito construtor da história. A educação, que deveria se dar principalmente na família e na escola, é o processo onde esta formação acontece. Pela promoção da família e pela qualidade da educação se avalia a capacidade e a autenticidade do projeto e da ação política de uma Nação, de um Estado: “A política verdadeira é a que defende uma novidade de vida no presente, capaz de modificar também a ordem do poder” [2].
A decisão acerca de qual é o futuro que queremos para o Brasil depende de uma política realmente empenhada com a educação.

Notas:
[1] Cf. ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
[2] GIUSSANI, Luigi. O eu, o poder, as obras. São Paulo: Cidade nova. 2001, p. 165.

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