Por Rodrigo Borgheti
Nas últimas semanas, temos acompanhado, com preocupação, pelos diversos meios de comunicação e redes sociais, as consequências nefastas do jogo chamado Baleia Azul em todo mundo. Isso tem preocupado pais educadores de todo o Brasil e exige de nós um posicionamento preventivo urgente.
A internet e as redes sociais nos trouxeram inúmeros benefícios, mas sabemos que, quando utilizada de forma equivocada, ela pode nos trazer consequências desagradáveis e, inclusive, trágicas. O Baleia Azul, é um jogo online, clandestino, cujo público-alvo são adolescentes e jovens. Os participantes são assediados via redes sociais (Facebook, SnapChat, dentre outras) e, os que entram no jogo, são obrigados a passarem, além de dados pessoais, os dados e de familiares para os chamados “curadores” do jogo, de quem recebem as orientações via WhatsApp. Uma vez passado esses dados, não podem mais desistir sob ameaça de morte inclusive de familiares. Todas as instruções dadas por esses “curadores” “fragilizam, induzem a auto e heteroagressão, e, em sua etapa final, exige que seus participantes cometam o suicídio” [1].
Infelizmente, o jogo Baleia Azul tem feito vítimas em distintas cidades de nosso país, desde capitais a pequenas cidades do interior. As autoridades civis já estão se mobilizando através de forças-tarefa, e inquéritos policiais, para identificarem os supostos “curadores” que podem ser indiciados por associação criminosa, ameaça, lesão corporal (por induzirem os participantes a fazerem autolesões), indução ao suicídio, dentre outros crimes. O secretário de segurança do Paraná, Wagner Mesquita, fez um apelo, em coletiva de imprensa, para que os jovens não cedam às ameaças porque não existe risco que elas se concretizem [2].
Esta circunstância demanda aos pais ter especial atenção ao comportamento dos filhos. Alguns sinais podem ser indicativos de que algo pode estar errado: se há indícios de automutilação, se acordam de madrugada (especialmente às 4h20), se passam muitas horas no quarto trancados, se assistem muitos filmes de terror ou psicodélicos, se estão se isolando, se apresentam tristeza ou se usam somente roupas de mangas compridas. Além disso, seria importante que os pais acompanhassem de perto a rotina de seus filhos, suas amizades e com quem fazem contato em suas redes sociais e WhatsApp [3].
As escolas também precisam se preparar, orientando professores e funcionários, além de estar atentas a quaisquer comportamentos estranhos de seus alunos. É hora de abrirem espaços em seus conteúdos, trabalhando temas que resgatem o valor da vida, garantindo espaços de diálogo e reflexão ajudando os adolescentes e jovens a encontrar soluções que não sejam o suicídio.
O suicídio é considerado pela Organização Mundial da Saúde um problema de saúde pública e que, nos últimos anos, tem matado mais que homicídios, desastres e HIV e, entre os jovens, a incidência maior ocorre na faixa etária de 15 a 19 anos. Infelizmente, ainda não temos uma campanha nacional responsável pela prevenção do suicídio [4]. Segundo os profissionais da psiquiatria e da psicologia, há mais vulnerabilidade ao suicídio em adolescentes e jovens com pré-disposição a quadros depressivos. Entretanto, no contexto que estamos vivendo, não podemos descuidar de nenhuma criança, adolescente ou jovem.
Nesse sentido, não é menos importante chamar a atenção também para um seriado divulgado recentemente na Netflix chamado Thirteen Reasons Why (de classificação indicativa: 18 anos), baseado no livro de Jay Asher, que aborda, dentre outros temas, as treze etapas que levaram uma adolescente ao suicídio, através de uma trama romântica. Recomendamos que, caso haja o interesse do adolescente e do jovem em assistir essa série, seja acompanhado dos pais, que devem problematizar as ações da personagem e dos amigos da personagem a fim de refletir a possibilidade de outras alternativas que não o suicídio.
Como cristãos acreditamos que a vida é um dom de Deus, que precisa ser valorizada e preservada com todas as nossas forças, e que a tristeza, a angústia, as frustrações fazem parte da vida e podem ser superadas; e que a depressão é uma doença que pode ser tratada e curada. Somos muito maiores que tudo isso! Buscar ajuda de familiares, amigos e de um profissional é o melhor remédio para toda e qualquer solidão.
Por isso, é necessário abrir um franco diálogo em casa e na escola, estabelecendo um clima de afetividade, respeito e confiança.
Nas últimas semanas, temos acompanhado, com preocupação, pelos diversos meios de comunicação e redes sociais, as consequências nefastas do jogo chamado Baleia Azul em todo mundo. Isso tem preocupado pais educadores de todo o Brasil e exige de nós um posicionamento preventivo urgente.
A internet e as redes sociais nos trouxeram inúmeros benefícios, mas sabemos que, quando utilizada de forma equivocada, ela pode nos trazer consequências desagradáveis e, inclusive, trágicas. O Baleia Azul, é um jogo online, clandestino, cujo público-alvo são adolescentes e jovens. Os participantes são assediados via redes sociais (Facebook, SnapChat, dentre outras) e, os que entram no jogo, são obrigados a passarem, além de dados pessoais, os dados e de familiares para os chamados “curadores” do jogo, de quem recebem as orientações via WhatsApp. Uma vez passado esses dados, não podem mais desistir sob ameaça de morte inclusive de familiares. Todas as instruções dadas por esses “curadores” “fragilizam, induzem a auto e heteroagressão, e, em sua etapa final, exige que seus participantes cometam o suicídio” [1].
Infelizmente, o jogo Baleia Azul tem feito vítimas em distintas cidades de nosso país, desde capitais a pequenas cidades do interior. As autoridades civis já estão se mobilizando através de forças-tarefa, e inquéritos policiais, para identificarem os supostos “curadores” que podem ser indiciados por associação criminosa, ameaça, lesão corporal (por induzirem os participantes a fazerem autolesões), indução ao suicídio, dentre outros crimes. O secretário de segurança do Paraná, Wagner Mesquita, fez um apelo, em coletiva de imprensa, para que os jovens não cedam às ameaças porque não existe risco que elas se concretizem [2].
Esta circunstância demanda aos pais ter especial atenção ao comportamento dos filhos. Alguns sinais podem ser indicativos de que algo pode estar errado: se há indícios de automutilação, se acordam de madrugada (especialmente às 4h20), se passam muitas horas no quarto trancados, se assistem muitos filmes de terror ou psicodélicos, se estão se isolando, se apresentam tristeza ou se usam somente roupas de mangas compridas. Além disso, seria importante que os pais acompanhassem de perto a rotina de seus filhos, suas amizades e com quem fazem contato em suas redes sociais e WhatsApp [3].
As escolas também precisam se preparar, orientando professores e funcionários, além de estar atentas a quaisquer comportamentos estranhos de seus alunos. É hora de abrirem espaços em seus conteúdos, trabalhando temas que resgatem o valor da vida, garantindo espaços de diálogo e reflexão ajudando os adolescentes e jovens a encontrar soluções que não sejam o suicídio.
O suicídio é considerado pela Organização Mundial da Saúde um problema de saúde pública e que, nos últimos anos, tem matado mais que homicídios, desastres e HIV e, entre os jovens, a incidência maior ocorre na faixa etária de 15 a 19 anos. Infelizmente, ainda não temos uma campanha nacional responsável pela prevenção do suicídio [4]. Segundo os profissionais da psiquiatria e da psicologia, há mais vulnerabilidade ao suicídio em adolescentes e jovens com pré-disposição a quadros depressivos. Entretanto, no contexto que estamos vivendo, não podemos descuidar de nenhuma criança, adolescente ou jovem.
Nesse sentido, não é menos importante chamar a atenção também para um seriado divulgado recentemente na Netflix chamado Thirteen Reasons Why (de classificação indicativa: 18 anos), baseado no livro de Jay Asher, que aborda, dentre outros temas, as treze etapas que levaram uma adolescente ao suicídio, através de uma trama romântica. Recomendamos que, caso haja o interesse do adolescente e do jovem em assistir essa série, seja acompanhado dos pais, que devem problematizar as ações da personagem e dos amigos da personagem a fim de refletir a possibilidade de outras alternativas que não o suicídio.
Como cristãos acreditamos que a vida é um dom de Deus, que precisa ser valorizada e preservada com todas as nossas forças, e que a tristeza, a angústia, as frustrações fazem parte da vida e podem ser superadas; e que a depressão é uma doença que pode ser tratada e curada. Somos muito maiores que tudo isso! Buscar ajuda de familiares, amigos e de um profissional é o melhor remédio para toda e qualquer solidão.
Por isso, é necessário abrir um franco diálogo em casa e na escola, estabelecendo um clima de afetividade, respeito e confiança.
Notas:
[1] BOLDRINI, Angela. Baleia Azul é 'fake news' que virou realidade, diz presidente da Safernet. Folha de São Paulo, 9 de maio de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/05/1882467-baleia-azul-e-fake-news-que-virou-realidade-diz-presidente-da-safernet.shtml. Acesso em 11 mai 2017.
[2] Leia mais em: PAVANELI, Aline; DIONÍSIO, Bibiana e GIMENES, Erick. 'Não cedam a ameaças', diz secretário de Segurança sobre o jogo Baleia Azul. Paraná RPC, 19/4/2017. Disponível em: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/secretaria-de-seguranca-anuncia-forca-tarefa-para-combater-jogo-baleia-azul.ghtml. Acesso em 11 mai 2017.
[3] BOLDRINI, 2017.
[4] ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio: um recurso para conselheiros. Genebra: OMS, 2006. Disponível em: http://www.who.int/mental_health/media/counsellors_portuguese.pdf. Acesso em 11 mai 2017.
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