segunda-feira, 12 de junho de 2017

Apagar a evidência dos acontecimentos: o que isto tem que ver com o estudo da História?


O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato disse, dia desses, em sua página no Facebook:
O cúmulo do cinismo é a cegueira intencional da maioria dos ministros do TSE em relação à corrupção exposta pelo acordo do MPF com a Odebrecht. Deve-se parar de fingir que nada aconteceu. Deve-se parar de desejar a retomada da economia, ou pior, a manutenção desse ou daquele partido no poder à custa da verdade.
Estamos diante de uma situação histórica em que se tenta negar a realidade dos fatos em favor de uma ideologia cujas preocupações se voltam apenas à sustentação de interesses individualistas e egoístas, que, portanto, não visam ao bem comum.  

quarta-feira, 7 de junho de 2017

A mentira e a redução materialista: há saída?

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No último ano, um objeto voador cruzou a atmosfera terrestre trazendo ares de novidade nunca experimentados desde a última aparição do Halley. Seu nome: pós-verdade. Tal qual o cometa, porém, que já passara próximo a terra alguns milhares de vezes, o tal fenômeno tinha de novidade apenas a aparência e a capacidade de confundir os incautos. Os demais, esses já o conheciam de longa data pelo seu nome de batismo: mentira. Sabiam, também, que ela estava na origem de todas as crises atuais e que sua condenação se multiplicava na mídia. E, no entanto, ela segue no epicentro dos telejornais, sendo sua maior vítima o próprio homem. Se é fato sabido que uma vida na mentira trará apenas sofrimento e que sua convivência com a felicidade é impossível, como é possível que alguém escolha conviver com seu próprio algoz? Afinal, quem poderia ser tão burro a ponto de fazer uma escolha dessas?

segunda-feira, 5 de junho de 2017

O grito da incompletude

Tendo encerrado, há alguns dias, o mês mariano, mas ainda dentro do Ano Mariano decretado pela Igreja do Brasil, propomos este texto de Luigi Giussani, tirado da Coleção Spirto Gentil. Em meio a todas as tentativas para se encontrar uma saída para as várias crises que vimos atravessando, não podemos perder de vista o que diz a oração citada por don Gius: “Deus, nossa força e nossa esperança, sem Vós, nada existe de válido e de santo”.




sexta-feira, 2 de junho de 2017

A política é a maior forma de caridade


A Doutrina Social da Igreja, quando trata da ação eclesial e dos compromissos a que os cristãos leigos são chamados, deixa claro que o “serviço à política” é um dever do cristão na medida em que se trata da “expressão qualificada e exigente do compromisso cristão ao serviço dos outros” [1], iluminado pelo “primado da caridade, ‘sinal distintivo dos discípulos de Cristo’ (cf. Jo 13,35)” [2]. Não faz muito tempo, o Papa Francisco retomou esse pensamento, que alia política à caridade, em um discurso seu [3]. Seria bem compreensível se a nossa primeira reação, ao ouvir falar dessa maneira de política, fosse virar o rosto com desânimo ou desgosto: “impossível!” – diríamos – “No Brasil, nunca será assim!”. Mas, certamente, esta não é uma postura cristã.