Em favor da vida, da democracia e do
diálogo
Nesta semana dedicada à unidade dos
cristãos e à unidade entre todos os seres humanos nos sentimos particularmente
chamados a nos mover para pedir esta unidade diante do momento que o Brasil
está atravessando, com uma crise política que se soma à crise sanitária. Queremos
nos unir ao coro de vozes que nestes últimos dias se expressaram nos dois
manifestos intitulados Estamos Juntos e Basta, em defesa de
valores que não são relativos[1].
Diz o primeiro:
Como
aconteceu no movimento Diretas Já, é hora de deixar de lado velhas disputas em
busca do bem comum. [...] Defendemos uma administração pública reverente à
Constituição, audaz no combate à corrupção e à desigualdade, verdadeiramente
comprometida com a educação, a segurança e a saúde da população.
Nos
associamos também ao
pedido feito à CNBB e publicado no dia 28 de maio no Instituto Humanitas
da Unisinos para mediar esse movimento nacional[2]:
A situação é dramática. [...] A fé
cristã, com todos os problemas históricos que não se pode negar, sempre teve o
carisma da unidade, do diálogo, da paz e da solidariedade. Então, uma humilde
sugestão para a nossa realidade brasileira, que pode ser exemplo para o mundo:
a CNBB, através de sua presidência, poderia ser a mediadora de um grande debate
virtual para garantir a democracia. [...]. Podemos tentar unir todos os setores
sociais que acreditam que os direitos humanos são valores fundamentais
desenvolvidos pelo mundo moderno.
Toda
experiência religiosa autentica compartilha e defende tais valores e direitos. Com
esse empenho e como parte do povo cristão solicitamos que a CNBB unida a outras
entidades expressivas das religiões presentes em nosso País, se constituam numa
frente ecumênica que assuma a função de mediação de um grande debate virtual
para garantir a democracia e para conduzir a indignação pública diante do
presente cenário político de forma pacifica e não violenta. Que a dor enorme de
tantos brasileiros, diante do desamparo da doença, da pobreza, da incerteza, do
desemprego, da falência, da perda de entes queridos, nos provoque a não se
omitir. Digamos o nosso sim pela vida, pela democracia e pelo diálogo. Que este
sim implique também a exigência social e política para que cada vida humana
seja reconhecida e valorizada por todos; antes de mais nada por aqueles que
receberam do povo brasileiro o mandato para tutela-la e preserva-la. Preservar
a democracia é condição essencial para preservar o bem comum do povo brasileiro.
Núcleo Cultural Lux Mundi
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