Em entrevista ao cotidiano Avvenire o Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, adverte: "Se o Ocidente não mudar a estratégia, em breve haverá milhões de refugiados sírios na Europa. É uma loucura bombardear, assim como tem sido profundamente injusto causar 300 mil mortes apenas para tentar derrubar um regime".
O que pode ser feito para quebrar o círculo vicioso da guerra na Síria?
Meses atrás, participei de uma reunião de cúpula em Paris. Ouvi dizer que alguém propôs ajudar os chamados rebeldes moderados. Na verdade, não serve para nada. Não há rebeldes moderados, assim como não existem bombas moderadas. Nossa posição é a mesma do Papa: é preciso parar o comércio de armas que alimenta a guerra. O Ocidente tem responsabilidades graves. A tentativa de derrubar um regime (que por sinal sempre lutou contra o fundamentalismo islâmico) causou 300 mil mortes e seis a sete milhões de refugiados. Não se pensou minimamente nas consequências. Ainda não vejo quem poderia substituir Assad. E nós não aprendemos nada com as lições do Iraque e Líbia. Foi destruído um país e foi dada abertura para a ação do Estado Islâmico (EI).
O senhor é contra a ideia de bombardear, proposta pela França e Grã-Bretanha?
E para que serviria? Só para aumentar em milhões os refugiados. É uma política cega. Se os EUA quisessem, em poucos dias poderia acabar com o EI. No deserto, a cada dia, passam comboios com suprimentos. Eles são claramente visíveis a partir de satélites. Por que esses comboios são deixados passar tranquilamente?
Existe uma solução?
Repito: é preciso pôr fim à venda de armas. Se realmente se quer parar o EI, há necessidade de uma força militar terrestre. E o único que tem isto no momento é Assad. Então, nós temos que mudar a estratégia, procurar uma solução política com o governo de Assad e usar o seu exército para acabar com estes grupos terroristas.
O que pode ser feito para quebrar o círculo vicioso da guerra na Síria?
Meses atrás, participei de uma reunião de cúpula em Paris. Ouvi dizer que alguém propôs ajudar os chamados rebeldes moderados. Na verdade, não serve para nada. Não há rebeldes moderados, assim como não existem bombas moderadas. Nossa posição é a mesma do Papa: é preciso parar o comércio de armas que alimenta a guerra. O Ocidente tem responsabilidades graves. A tentativa de derrubar um regime (que por sinal sempre lutou contra o fundamentalismo islâmico) causou 300 mil mortes e seis a sete milhões de refugiados. Não se pensou minimamente nas consequências. Ainda não vejo quem poderia substituir Assad. E nós não aprendemos nada com as lições do Iraque e Líbia. Foi destruído um país e foi dada abertura para a ação do Estado Islâmico (EI).
O senhor é contra a ideia de bombardear, proposta pela França e Grã-Bretanha?
E para que serviria? Só para aumentar em milhões os refugiados. É uma política cega. Se os EUA quisessem, em poucos dias poderia acabar com o EI. No deserto, a cada dia, passam comboios com suprimentos. Eles são claramente visíveis a partir de satélites. Por que esses comboios são deixados passar tranquilamente?
Existe uma solução?
Repito: é preciso pôr fim à venda de armas. Se realmente se quer parar o EI, há necessidade de uma força militar terrestre. E o único que tem isto no momento é Assad. Então, nós temos que mudar a estratégia, procurar uma solução política com o governo de Assad e usar o seu exército para acabar com estes grupos terroristas.
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