quarta-feira, 29 de agosto de 2018

O que você e eu podemos fazer para mudar o exercício da política para melhor em 2018


Nosso país ainda não desenvolveu uma consciência política que permita um exercício maduro da democracia. Ninguém até hoje se preocupou efetivamente com o que fazem os políticos ou as leis que aprovam para seu próprio benefício. Por isso eles vêm fazendo o que querem e o que é mais vantajoso para eles há décadas. Esse post deseja informar sobre o quanto custa um senador para o Brasil e o que você e eu podemos fazer em 2018 para mudar essa situação.
Existem 81 senadores. Eles recebem um salário mensal de 34 mil reais, mais 4 mil reais de auxílio moradia (embora todos tenham condições mais que suficientes para ter casa própria), mais 15 reais para despesas diversas, mais 6 mil reais para gastos com correio, mais 24 mil reais para passagens aéreas e 25 litros de gasolina de graça por dia. 

Depois de apenas 6 meses de mandato eles têm direito a plano de saúde com valor ilimitado para si e toda a sua família para o resto da vida, que inclui qualquer despesa de qualquer valor. Além disso, após esses seis meses de mandato (e não 25-30 anos) eles já podem se aposentar com salário integral para o resto da vida. Podem ainda pagar 52 assessores sem qualquer experiência ou qualificação. O Senado tem ainda gastos gerais com copeiros, médicos, massagistas, nutricionistas, produtos de limpeza e muito mais. Com tudo isso, o gasto de cada senador para o país é de 30 MILHÕES DE REAIS POR ANO. Com esse dinheiro o Estado poderia pagar 250 médicos, 550 policiais ou 650 professores o ano inteiro.
É preciso dizer ainda que os custos dos políticos brasileiros além de absurdos e desproporcionais para um país com tantos pobres, estão entre os mais altos do mundo. Tudo isso foi aprovado por eles mesmos à revelia da população brasileira, que não está informada sobre esses custos, nem participou da decisão para tão vultuoso gasto. É preciso que os brasileiros saibam também que em muitos países ricos o exercício da política é um trabalho voluntário (não recebem salário) e temporário de quem quer se colocar a serviço da sua comunidade e país, dando um pouco do seu tempo, como numa Associação Sem Fins Lucrativos. Nesses países o mandato de deputado ou senador é feito em paralelo à profissão e nunca é uma profissão milionária e que passa de pai para filho como aqui.
O Brasil, porém, vem atravessando um caminho de amadurecimento da importância da política para o país, com manifestações de rua para mostrar a vontade da população, elaboração de leis por iniciativa popular como a lei da ficha limpa e um aumento significativo de informações sendo veiculadas nas redes sociais e outras mídias. Hoje podemos dizer, com certeza, que cada um de nós pode fazer algo para ajudar o país ao divulgar estas informações o máximo possível e compartilhá-las com amigos e parentes de outros estados.
Nós como católicos devemos ainda ser mais participativos e cheios de iniciativas para buscar o bem comum de todos os brasileiros como a Igreja nos ensina através da sua Doutrina Social, pois temos claro que esta é a vontade de Deus que fez o mundo para o bem e a felicidade de todos. Por isso, convidamos a todos a fazer pressão ligando diretamente para o gabinete do senador que votou para dizer que se ele não se comprometer a se movimentar para acabar com esses privilégios que beiram à imoralidade, ele não receberá o seu voto.

Ninguém deve se acomodar ou se resignar a essa situação! E não custa muito esforço mudar. Temos já muitas experiências de que quando o povo se mobiliza os políticos mudam. Por isso, basta um telefonema, participar e pressionar. O telefone do gabinete dos senadores está no  site: www.politicos.org.br.

Ana Lydia Sawaya

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