terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O Divino encarnado

Aproximando-nos do Natal e há poucos dias da abertura da Porta Santa, no início do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, propomos o Et incarnatus est, da Grande Missa em Dó menor, de W. A. Mozart e o comentário de Luigi Giussani. Pois, como lembrou o Papa Francisco, "depois do pecado de Adão e Eva, Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor, para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem. Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa" [1].


Luigi Giussani

Esta obra extraordinária de Mozart, que tem o seu cume no canto Et incarnatus est (E se fez carne), é a expressão mais potente e mais convincente, mais simples e maior de um homem que reconhece Cristo [2]. A salvação é uma Presença: esta é a fonte da alegria e a fonte da afetividade do coração católico de Mozart, do seu coração amante de Cristo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A Misericórdia abre o coração à esperança de sermos amados para sempre...

De Carlos Drummond de Andrade


Hoje, 8 de dezembro de 2015, festa da Imaculada Conceição, e 50 anos depois do encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, o Papa Francisco abre a Porta Santa, proclamando o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. "Precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado." [1]

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Atentado em San Bernardino: “Fique comigo, não se preocupe”

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A entrevista dada à CNN pela mulher que só ficou ferida no tiroteio em San Bernardino, graças ao amigo e colega de trabalho que a  protegeu e tranquilizou durante os disparos. Por Valentina Santarpia. [1]

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Tempo de mudança: violência, desenraizamento e falsos profetas

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Há um elemento que aproxima a violência protagonizada por sujeitos ligados à organização do ISIS e a que acontece em nossas periferias e cidades latino-americanas protagonizada por sujeitos ligados à organização do narcotráfico: de modo geral seus protagonistas são jovens; na grande maioria se trata de jovens que vêm de contextos sociais e familiares que vivenciaram o desenraizamento de seu mundo de origem, desenraizamento de natureza social e cultural. Ambos vivem em periferias marginalizadas do Novo e do Velho Mundos, ao lado de contextos urbanos marcados pelo consumismo, pela posse ávida e desenfreada do dinheiro, pela evasão no lazer e pelo individualismo egoísta e cínico. O desenraizamento que as famílias destes jovens vivenciaram em muitos casos é o preço pago para que o poder (especialmente econômico) dos outros se mantenha.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Oração pela paz: desarmai-os e desarmai-nos...

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Oração pela paz
no espírito de Tibhirine
redigida pelo frei Dominique Motte
do Convento dos Dominicanos de Lille
em seguida aos atentados de Paris
(13 de novembro de 2015) [1]

Desarmai-os: já nos habituamos ao fato de que esta violência extrema seja o sinistro pão de cada de dia do Iraque, da Síria, da Palestina, da África Central, do Sudão, da Eritreia, do Afeganistão. Ela nos atinge agora. Quem não vê que ela poderia, em contrapartida, suscitar, entre nós, violências sem fim ou uma queda progressiva no medo ou no desespero?
Desarmai-os: que surjam também entre eles profetas, profetas que lhes gritem sua indignação, sua vergonha de ver a imagem do Homem, a imagem de Deus, desfigurada a este ponto, que lhes gritem sua convicção de que, agindo assim, eles cavam definitivamente sua própria tumba.
Desarmai-os, concedendo-nos, se for necessário, já que é necessário, todos os meios de proteger os inocentes, com determinação. Mas, sem ódio.
Desarmai-nos também: na França, no Ocidente – sem justificar, é claro, uma tal fúria de vingança –, a História nos ensinou tantas coisas. Dai-nos, Senhor, saber escutar os profetas guiados por Vosso Espírito. Que nós não desesperemos jamais de tentar entender, mesmo se ficarmos confundidos pela amplidão do mal deste mundo.
Desarmai-nos: guardai-nos de nos enrijecermos atrás das portas fechadas, atrás das memórias surdas e cegas, atrás de privilégios que não gostaríamos de partilhar.
Desarmai-nos, como Vosso Filho adorado. Cuja lógica interior é a única que pode estar à altura dos acontecimentos que nos afetam: “Não me tiram a vida, sou Eu quem a dá”.

Notas:
[*] Imagem extraída de: <http://amities-francophones.catholique.fr/wp-content/uploads/sites/14/2015/01/CR-2O-Minutes-bougies-forment-mot-paix-devant-capitole-toulouse-9-janvier-2015-PAIX.jpg>
[1] Texto original, em francês, publicado pela agência Église Catholique en France - <http://www.eglise.catholique.fr/approfondir-sa-foi/prier/prieres-pour-notre-temps/409644-seigneur-desarme-les-et-desarme-nous/> -, traduzido por Paulo R. A. Pacheco.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Uma possibilidade de protagonismo nas circunstâncias atuais

O filósofo Alasdair MacIntyre, no livro Depois da Virtude [1], comenta que a configuração do mundo atual assemelha-se ao declínio do Império Romano. Luigi Giussani, comentando este autor, afirma que “hoje, como naquela época, o que conta é a construção de formas locais de comunidade, em cujo interior, a civilização e a vida moral e intelectual possam ser conservadas através dos novos séculos obscuros que já pairam sobre nós. Defendo, por isso, uma forma de agregação que, exprimindo e procurando satisfazer as exigências humanas, busque as razões que tornam, ou possam tornar, fundamentadas e estáveis a amizade e a convivência humana com qualquer pessoa” [2]

sábado, 31 de outubro de 2015

Padre Mourad: “Basta ser cristão para ser assassinado”

 
Ninguém teria a coragem de definir 84 dias de cativeiro nas celas do Estado Islâmico como um “retiro espiritual”. Ninguém, senão padre Jacques Mourad, que ficou nas mãos dos terroristas do dia 21 de maio até 10 de outubro. Todos os dias o sacerdote sírio devia fazer a profissão de fé: “Entravam no meu quarto e me perguntavam: ‘Quem é você?’. Eu lhes respondia: ‘Nazarani, sou um nazareno’, cristão, segundo o termo usado no Corão. Então me diziam: ‘Portanto, é um infiel, converta-se ao islã ou lhe cortaremos a cabeça’.” [1].

Palestras do D.r Ludger Honnefelder


O professor D.r Ludger Honnefelder é um filósofo alemão, professor da Universidade Humboldt, de Berlim, e estará em São Paulo na próxima semana, onde proferirá duas palestras. Veja abaixo os temas, datas, horários e locais.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A Tunísia e o Nobel da Paz: um caminho para o Brasil

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Luigi Giussani utilizava a expressão “mais sociedade, menos Estado” para dizer que é preciso “mostrar ao Estado o horizonte último da sua atividade: ajudar o homem, cada homem, a caminhar rumo ao seu Destino” [1]. Assim sendo, “é no primado da sociedade diante do Estado que se preserva a cultura da responsabilidade. Primado da sociedade, portanto: como tecido criado por relações dinâmicas entre movimentos que, criando obras e agregações, constituem comunidades intermediarias e assim exprimem a liberdade das pessoas potencializada pela forma associativa” [2].

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Em vez de explorar a África, é preciso fazer investimentos...

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Em entrevista coletiva recentemente concedida pelo Papa Francisco, ao voltar dos Estados Unidos, ele afirmou: “Quando penso na África – é um pouco simplista, mas digo-o como exemplo –, vem-me ao pensamento: a África, o continente explorado. Os escravos e depois os grandes recursos, iam apanhá-los lá... O continente explorado. E agora, por detrás das guerras tribais também há interesses econômicos... Eu penso que, em vez de explorar um continente, um país ou uma terra, é preciso fazer investimentos para que aquelas pessoas tenham emprego; e assim se evitaria esta crise”. Vejamos como se pode responder e se vem, concretamente, respondendo a este desejo expresso pelo Papa.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Jesus continua a percorrer as nossas ruas

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Em sua última viagem apostólica, o Papa Francisco, na Missa  celebrada no Madison Square Garden, em New York, entre outras coisas, falou sobre o desafio de viver nas grandes metrópoles, em tempos de multiculturalidade. Propomos um pequeno trecho de sua homilia.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Sempre avante: que não se anestesie o nosso coração!


Na última terça-feira, dia 23 de setembro, o Papa Francisco, em Missa celebrada no Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington, canonizou o Beato Padre Junípero Serra. Propomos alguns trechos da homilia do Santo Padre.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Refugiados: o Ocidente tem responsabilidades graves...

Em entrevista ao cotidiano Avvenire o Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, adverte: "Se o Ocidente não mudar a estratégia, em breve haverá milhões de refugiados sírios na Europa. É uma loucura bombardear, assim como tem sido profundamente injusto causar 300 mil mortes apenas para tentar derrubar um regime".

domingo, 6 de setembro de 2015

Os novos mártires para a salvação da Europa

 
Basta, meu Deus, basta de tanto sofrimento! Este artigo tem a finalidade de pedir a você, leitor, para rezarmos juntos pelos refugiados. Peçamos a Deus, todos juntos, para que Ele acabe com o sofrimento de tantas famílias de refugiados!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

O que é a consciência de mim?...

[*]
 
O texto de Luigi Giussani que aqui apresentamos é parte da obra L'autocoscienza del cosmo (Autoconsciência do cosmo, em tradução livre) publicada em 2000, pela BUR (Milão), quarto volume da série Quasi TISCHREDEN. Tischreden é uma palavra alemã que significa conversa ao redor da mesa e inspira-se nos encontros dessa natureza realizados por Martinho Lutero, com um grupo de discípulos para explicitar seu pensamento. No caso das Quasi TISCHREDEN de Giussani, trata-se de diálogos à mesa com um grupo de jovens empenhados no caminho vocacional da virgindade. Ao todo, a coleção reúne sete volumes. O volume quatro contém conversas dedicadas ao aprofundamento do livro do autor, O senso religioso, já publicado no Brasil (Brasília: Universa, 2009).

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Só o maravilhamento conhece

Quando nos aprofundamos no relacionamento com o que nos é dado, descobrimos o Mistério, aproximamo-nos da perfeição... Para isso, antes, é necessário um maravilhamento que nos abre para a realidade.
 
 
 
 
Por Luigi Giussani
 
Quando escuto a Sonata para arpeggione e piano, de Schubert, não posso fazer menos do que desejar que o desenvolvimento do caminho de cada homem alcance a mesma perfeição expressiva – harmônica e melódica – dessa obra-prima [1].

sábado, 15 de agosto de 2015

"Por que a Igreja": uma síntese teológica


Propomos a intervenção realizada pelo Prof. Márcio H. P. Ponzilacqua, na mesa de apresentação da nova edição da obra de Luigi Giussani, Por que a Igreja, realizada no último dia 7 de agosto, no Espaço de Cultura e Extensão da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
 
O livro é especialmente instigante. Tem uma linguagem simples: nota-se o esforço do autor em traduzir em linguagem acessível os conteúdos básicos da fé cristã. Embora em essência tenha o objetivo de explicitar uma Eclesiologia sólida – ou seja, busca refletir e propor a face da Igreja em sua substância, em sua essência –, acaba por se constituir como uma síntese teológica. Confesso que, em razão da exiguidade de tempo, ao aceitar o convite para compor a mesa, fi-lo mais em deferência à Prof. Marina Massimi, amiga a quem é muito difícil dizer não, do que realmente a uma curiosidade sobre o conteúdo da obra. Pensava com os meus botões: “outro teólogo, outro livro para ler?”. Surpreendeu-me, contudo, a riqueza do livro, sua precisão e consistência, sua clareza e capacidade expositiva.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A Igreja: companhia educativa do humano


Como foi anunciado, no último dia 7 de agosto, no Espaço de Cultura e Extensão da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, ocorreu a mesa redonda de apresentação da terceira edição brasileira do livro Por que a Igreja de autoria de Luigi Giussani, com a presença de Márcio Henrique Pereira Ponzilacqua (Professor da Faculdade de Direito da USP e graduado em  Teologia); Rodrigo da Silva Borgheti (Diretor Educacional do Colégio Marista de Ribeirão Preto) e Marco Montrasi (responsável nacional do Movimento Comunhão e Libertação no Brasil).

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Refugiados e perseguidos: os mártires de hoje

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No último dia 6 de agosto, o Papa Francisco enviou, pelas mãos de Dom Nunzio Galantino, uma carta ao Vigário Patriarcal para a Jordânia, Dom Maroun Lahham. Nela, Francisco se une ao sofrimento dos refugiados e dos perseguidos do Oriente Médio.

Carta do Santo Padre Francisco
ao Bispo Auxiliar de Jerusalém dos Latinos,
Vigário Patriarcal para a Jordânia,
sobre a situação dos refugiados [1]

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Lançamento do livro "Por que a Igreja", de Luigi Giussani


“A Igreja não é somente expressão de vida, algo que nasce da vida, mas é uma vida que nos alcança desde muitos séculos antes de existirmos”
(Luigi Giussani)

Local: Espaço Cultura e Extensão Universitária/USP
            Av. 9 de julho, 980
Data: 07 de agosto de 2015
Horário: a partir das 18h30min

Mesa redonda de lançamento do livro "Por que a Igreja", de Luigi Giussani
Prof. D.r Márcio H. P. Ponzilacqua
Docente da Faculdade Direito/USP
Prof. D.r Rodrigo da Silva Borgheti
Diretor Educacional do Colégio Marista
Marco Montrasi
Responsável do Movimento Comunhão e Libertação – Brasil
Coordenadora
Prof.a D.ra Marina Massimi
Docente da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP 

Realização
Núcleo Cultural Lux Mundi
Movimento Comunhão e Libertação
Apoio
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP

Grupo de estudo "Hildegarda de Bingen"


Local: Espaço Cultural e de Extensão Universitária (ECEU)
            Av. 9 de julho, 980
Horário: a partir das 18h30min

Calendário e programa
- 4 de agosto:
Biografia e contexto histórico de Hildegarda
- 1 de setembro
A visão da natureza e do homem de Hildegarda
- 6 de outubro
A música de Hildegarda
- 3 de novembro
A medicina e a fitoterapia de Hildegarda
- 1 de dezembro
A mística de Hildegarda

A programar:  weekend de estudo sobre o tema "Hildegarda e o monarquismo" no Mosteiro Camaldolense de Mongi das Cruzes; encontro com D. Manuele Bargellini.
Apoios
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP
Departamento de Música/USP
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP
Grupo de Estudos e Pesquisas de Enfermagem em Genética e Genômica - EERP/USP
Núcleo Cultural Lux Mundi

terça-feira, 7 de julho de 2015

A ecologia e a lei natural


A questão ecológica tem duas dimensões complementares para o homem moderno. Ambas são abordadas na Laudato si’ [1], a encíclica “verde” do Papa Francisco. A mais evidente refere-se à necessidade urgente da humanidade inteira se comprometer com a conservação do meio ambiente, para garantir um mundo habitável já num futuro próximo.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Educação integral: como?


Realizou-se na UNIFESP, no último dia 13 de junho, o encontro “A construção do Brasil e a educação da pessoa”, nascido da parceria entre os grupos Philokalon, Coração Novo e Núcleo Cultural Lux Mundi, e que se propunha a discutir os desafios da educação integral no contexto atual. Seguem algumas considerações sobre o evento.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Construindo o Brasil e a Educação da Pessoa


No último dia 13 de junho, o Núcleo Lux Mundi, em colaboração com o Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e o Grupo Philokalon, da UNIFESP, realizaram o evento "A construção do Brasil e a educação da pessoa", com a presença da fonoaudióloga Thamara Rissoni, do Coordenador do curso de Engenharia da Inovação (ISITEC) Marcelo Barroso e do fundador da Comunidade Aliança de Cristo Rei Edgar Eliakim Chieppa. A abertura da mesa foi feita pela Professora de Fisiologia da UNIFESP Ana Lydia Sawaya. E o encerramento foi realizado pelo Coordenador do Núcleo Fé e Cultura Francisco Borba Ribeiro Neto. Apresentamos a seguir o texto da abertura do evento.

sábado, 6 de junho de 2015

Demência e eutanásia: um mundo sem lugar para a pessoa frágil


O homem pós-moderno, considerando-se medida de todas as coisas, frente à impossibilidade de controlar e prever sua vida busca controlar e prever sua própria morte. Na Bélgica, desde 28 de maio de 2002, quando foi legalizada, já podem obter eutanásia crianças, mulheres, homens, anciãos, doentes terminais, pessoas com sofrimentos psíquicos e físicos, pessoas cansadas da vida. No dia 10 de abril deste ano, uma deputada propôs ao legislativo belga três novas indicações de ampliação da lei original. A primeira [1] tem como objetivo autorizar a eutanásia para pacientes que “são incapazes de expressar a própria vontade, ou porque em estado de inconsciência ou porque afetados por doença cerebral, dementes ou afetados por estado de inconsciência prolongada em razões de patologias irreversíveis”. A segunda [2] aumenta a validade das declarações antecipadas de tratamento. A terceira proposta [3] restringe as possibilidades da objeção de consciência: se o médico se recusar a aplicar o tratamento, deve de qualquer forma providenciar um substituto. 

sábado, 30 de maio de 2015

Sub tuum praesidium




Terminado o mês de maio - o Mês de Maria - propomos a mais antiga oração mariana que se conhece: Sub tuum praesidium. O manuscrito acima foi encontrado em 1917 e permitiu a reconstituição da oração que teve origem, no Egito, entre os anos 250 e 258, e se espalhou por todas as Igrejas do Oriente e do Ocidente.

Sub tuum praesidium
À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas Em nossas necessidades, Mas livrai-nos sempre de todos os perigos, Ó Virgem gloriosa e bendita!

Abaixo, a melodia gregoriana do século VI.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Salário versus Felicidade

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A questão se dinheiro ou riqueza compram felicidade tem sido objeto de muitos estudos ultimamente. Uma pesquisa nos Estados Unidos que entrevistou mais de 450 mil pessoas revelou dados muito interessantes [1]. Este estudo avaliou dois âmbitos da experiência humana: bem-estar emotivo (também denominado experiência de felicidade) que se refere à qualidade da vida cotidiana das pessoas e a frequência e intensidade de experiências de alegria, fascínio e também ansiedade, tristeza, raiva e experiências afetivas descritas com agradáveis ou desagradáveis; e autoavaliação da própria vida que se refere ao pensamento que uma pessoa emite sobre a própria vida.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Crise também na educação


Nas últimas semanas, são notícias cotidianas: as greves dos professores em vários estados do país, a crise da Universidade de São Paulo, os problemas financeiros de várias universidades públicas no Brasil. Tudo isto nos remete, mais uma vez, ao grave e crônico problema da educação no país. E a crise geral deste momento evidencia ainda mais sua gravidade.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Sou sineiro das almas...

No último dia 3 de maio, em Olinda, Dom Fernando Saburido, em missa celebrada na Igreja da Sé, deu abertura ao processo de beatificação e canonização de Dom Hélder Câmara (1909-1999). Conhecido como "Dom da Paz", por sua doutrina da não violência evangélica, o arcebispo cearense, da Ordem Franciscana Secular, era poeta e foi chamado por João Paulo II de "irmão dos pobres e meu irmão". Publicamos um vídeo disponível no YouTube que reúne fotos de Dom Hélder, o "sineiro das almas".
 
Gostaria de subir
à torre da Matriz
para estudar de perto
os sinos
e ver, e descobrir
o que dá
a cada um
seu som inconfundível
e o que dá
ao conjunto
a impressão harmoniosa
difícil de esquecer.
A escada é íngreme
e interminável...
Mas terei que subir
_ sou sineiro das almas
e de cada uma
e de todas
gostaria de arrancar
os sons
mais agradáveis ao Senhor.
 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Perdão, certeza e alegria de uma menina cristã iraquiana perseguida

Myriam é uma menina iraquiana, refugiada, com sua família, no Curdistão, para se protegerem da perseguição aos cristãos empreendida pelo Estado Islâmico, que tomou posse de sua cidade em 2014.
Ela perdoa os perseguidores, tem esperança de reencontrar a melhor amiga e canta a alegria de estar com o Amado.


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Imigração e acolhida: um desafio para Europa e para o mundo

 [*]

De onde nasce o movimento migratório que leva tantas pessoas à morte no Mediterrâneo?
Padre Mussie Zerai, sacerdote da Eritreia que cuida dos migrantes afirma que as causas do êxodo são ligadas às dificuldades da sobrevivência em países cujos governos ditatoriais são extremamente violentos tais como a Eritreia, a Somália, o Sudão do Sul, a Gâmbia, a Síria, o Mali [1]. Em muitos casos os prófugos fogem da perseguição religiosa, por serem cristãos e ameaçados pelo avanço do terrorismo islâmico nas regiões da África e Médio Oriente.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A liberdade contemporânea em questão: entre patologias e profilaxia

[*]

Na quarta-feira, dia 9 de abril, o Espaço de Cultura e Extensão da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, sediou o primeiro evento do Núcleo Cultural Lux Mundi. Em questão, a educação para a liberdade na sociedade contemporânea.

sábado, 18 de abril de 2015

Em memória dos estudantes de Garissa


Há quinze dias - no dia 2 de abril - acontecia  o massacre de estudantes cristãos no campus universitário de Garissa: balanço 147 mortos e 79 feridos. Suporte para o país foi prometido pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Mas faltaram expressões coletivas internacionais de indignação e de solidariedade, como as organizadas, por exemplo, em janeiro, após o atentado terrorista na redação da revista Charlie Hebdo, que viu a adesão de milhares de pessoas, com a participação de dezenas de chefes de estados e de governo do mundo inteiro. Além do mais, observa-se até hoje a quase total ausência de qualquer reação do mundo acadêmico. Esperava-se milhões de velas acesas nas universidades, vigílias organizadas por professores e alunos em cada campus universitário. Nada disso aconteceu. Mas como disse o Papa Francisco no último dia 12 de abril - ao lembrar os 100 anos do extermínio do povo armênio: “aonde não existe a memória é como deixar aberta a ferida. Esconder ou negar o mal é como deixar que uma ferida continue a sangrar sem medicá-la” (Papa Francisco, 12 de abril de 2015)

quarta-feira, 15 de abril de 2015

O festivo da vida

Tempo de Páscoa: descobrir, na beleza d'A grande Páscoa russa de Rimsky-Korsakov, como "tudo é ordenado a um propósito"; como, na nossa vida, penetrou o que dá significado a tudo, o que redime toda a realidade, e toda a vida.


Por Luigi Giussani

Se se sufoca o Mistério como dimensão do próprio relacionamento com as pessoas e com as coisas, toda a realidade se transforma numa farsa, é feita em pedaços, os olhares e as mãos a quebram em partes sem nexo [1].

Debate sobre o livro "A Rosa Branca: a história dos estudantes alemães que desafiaram o nazismo", de Inge Scholl (Ed. 34)

Clique no cartaz para ampliá-lo.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

A vitória que torna o homem contente

 [*]

Os psicólogos nos dizem que nossa racionalidade consciente é apenas a superfície da alma como um todo. Mas nós somos tão solicitados por esse primeiro nível que o profundo já não consegue deixar-se sentir. Esse fato mina definitivamente a saúde do homem, pois ele já não sente o que é autêntico, não é mais ele mesmo quem vive, mas é vivido por aquilo que é casual e superficial.

segunda-feira, 30 de março de 2015

A injustiça e a misericórdia

Semana Santa: enquanto tudo faz com que não pensemos em Cristo, a memória de um amor por nós sem medidas ao ouvir os "Responsórios" da Semana Santa de Victoria. 

Tenebrae Responsories - Caligaverunt


Tenebrae Responsories - Amicus meus


Tenebrae Responsories - Eram quasi


Tenebrae Responsories - Animam meam

Por Luigi Giussani

Se tivéssemos escutado sempre e somente rock, ou músicas semelhantes, precisaríamos de um tempo antes de entender a música clássica [1]. Num primeiro impacto não a entenderíamos. Seria como quando o meu falecido pai me arrastava, ainda pequeno, para escutar a música polifônica, que ele gostava muitíssimo, e eu ficava todo irritado, porque no meio daquela que me parecia uma enorme confusão de notas, de vozes, não via a ordem, isto é, não intuía a chave. A primeira vez que comecei a entender alguma coisa foi, aos treze anos, no dia em que ouvi um coro entoando o Caligaverunt de Victoria. Depois das primeiras notas, assim que entrou a segunda voz, tive a chave para compreender. E, desde então, gostei sempre mais da polifonia. Toda.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Jovens que fogem para o Estado Islâmico: a busca radical do absoluto e o esgotamento do relativismo e do niilismo modernos

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As três jovens britânicas de cerca de 15 anos que foram atrás dos bárbaros do Estado Islâmico [1] nos indicam que a cultura de onde vêm está desmoronando. Não tem mais sabor, o fascínio de um tempo. Não tem mais nada a dizer a elas. O que buscam indo à Síria? Algo que, para elas, é mais importante do que salvaguardar a própria vida, como acontece com os homens e mulheres bomba.

A única coisa que não perdemos...

Perseguidos pelo Estado Islâmico, os iraquianos caldeus perderam tudo, menos a vontade de ser cristãos. Apresentamos, a seguir, um trecho de uma conversa com Dom Emil Nona, o Arcebispo caldeu de Mosul, no Iraque, realizado na Fondazione Vasilij Grossman, em Milão, no ano passado.

"... buscamos viver como cristãos. Se se perde isso perde-se tudo. Não somos pessoas boas, por exemplo; não temos tantos relacionamentos bons, não temos uma vida boa - como acontece também aqui e em todas as sociedades -; mas a única coisa que não perdemos é que somos cristãos, tentamos ser cristãos."


segunda-feira, 16 de março de 2015

Desejo de participação, de afirmação da cidadania...

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... é o que vimos nas manifestações de rua desse domingo, 15 de março de 2015. Há 30 anos, este mesmo dia foi cenário da manifestação Diretas já!, que marcou a derrubada da ditadura militar. Ainda hoje, após 30 anos, há a necessidade de afirmar a cidadania contra um poder que a reduz. 

terça-feira, 10 de março de 2015

O debate sobre o impeachment


As manifestações iniciadas com o movimento contra o aumento das tarifas, em 2013, sinalizaram uma crise social. O escândalo do “petrolão”, em 2014, uma crise de ética da vida pública. E o ajuste financeiro proposto pelo governo, no início de 2015, uma crise econômica. Agora, as manifestações pró-impeachment apontam para o agravamento da crise política. É inútil o governo tentar explicar estas manifestações como “manobra da oposição”. A oposição a uma presidente eleita com apenas 51,6% dos votos válidos não é apenas um grupelho político. Dilma, para ter legitimidade com uma diferença de votos tão pequena, tem que demonstrar ser capaz de ser a governante de todos os brasileiros – e não só de seus eleitores – mas parece que está fazendo exatamente o contrário.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Publicar ou morrer: o drama do cientista brasileiro

 
A Ciência brasileira vive um momento dramático e que requer uma definição de rumo, com um número crescente de artigos publicados, mas com muito pouco impacto no cenário científico mundial, salvo raríssimas exceções. Estas exceções decorrem, em geral, de trabalhos de cientistas brasileiros que vivem no exterior ou têm forte participação em importantes equipes de pesquisa internacionais. Qual o caminho para mudar essa situação?

quarta-feira, 4 de março de 2015

Quando não é preciso morrer nem de vodca nem de tédio...

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Melhor morrer de vodca do que de tédio”: esta frase de Vladimir Maiakovsky (1893-1930) foi postada no perfil do Facebook do estudante do quarto ano de Engenharia Elétrica da UNESP, Humberto Moura Fonseca; o mesmo jovem que há alguns dias morreu após ter consumido 25 doses de vodca numa festa estudantil [1]. 
Se a vodca serve para fugir da morte por tédio, o que pode levar os jovens com uma vida aparentemente bem sucedida a morrer de tédio?

segunda-feira, 2 de março de 2015

O momento atual: partir de um acontecimento que exalta a dignidade da pessoa

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Diante da conjuntura atual brasileira, dos escândalos de corrupção, das dificuldades na economia, que vão se mostrando dificuldades também para a vida das pessoas, cresce a tendência de adquirirmos uma posição de comodismo frustrado (“o Brasil é assim mesmo”, “os políticos são todos iguais”, etc.) ou de uma raiva que se torna cada vez mais violenta. Sabemos, de antemão, que estas duas posições não constroem, mas, neste contexto, de onde pode nascer uma novidade real, um caminho de mudança?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Uma “fonte de piedade” para reconstruir o homem

Diante do mal que, de muitas formas, marca este nosso tempo, contra a “globalização da indiferença” [1], a voz dos grandes artistas nos lembra o que é autenticamente humano. 
Nesse sentido, propomos as palavras de Luigi Giussani ao apresentar o famoso Requiem de Mozart na Coleção Spirto Gentil. Através da música deste compositor, Giussani nos leva a compreender que o mal não é a última palavra. Há no mundo uma “fonte de piedade” que permite que o homem seja reconstruído. Basta aceitá-la.


Por Luigi Giussani

Mozart, artista supremo e profundamente cristão, representa no Requiem o mal do homem, o ódio do mundo, a maliciosidade do pecado dentro do resplendor da misericórdia de Deus.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O momento atual: um problema não apenas socioeconômico, mas de dignidade da pessoa

[*]

Provavelmente as sensações mais fortes na pessoa que vive intensamente o momento político-econômico sejam de incerteza e desorientação. O que nós, que não somos nem políticos, nem poderosos, podemos fazer? Como e por que as coisas chegaram a este ponto? Para entender o momento atual e ter critérios para nos orientarmos nesta situação, é importante começarmos por entender a nossa experiência e a das pessoas que vivem conosco esta mesma perplexidade. Apesar das muitas diferenças sociais e políticas, todos nós temos no coração as mesmas exigências fundamentais e quando procuramos partir delas sempre poderemos construir um diálogo que supere as barreiras ideológicas.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Tributo de gratidão de Bergoglio a Giussani

Luigi Giussani (*15/10/1922 - +22/02/2005)

Completados 10 anos de falecimento de Luigi Giussani, publicamos texto do Cardeal Bergoglio, agora Papa Francisco: despertar o humano para que Deus figure como sentido.

Para o homem

Por Cardeal Jorge Mario Bergoglio (Papa Francisco)

Ao dar uma palestra durante a apresentação da edição espanhola do livro O Senso Religioso de Luigi Giussani, eu não estava simplesmente cumprindo um ato formal de protocolo ou demonstrando o que poderia parecer uma mera curiosidade profissional sobre um trabalho que traz como foco uma explicação da nossa fé [1]. Acima de tudo, eu estava expressando a gratidão que é devida a Monsenhor Giussani. Há muitos anos, seus escritos me inspiram a refletir e me ajudam a rezar. Eles me ensinam a ser um cristão melhor, e o que falei na apresentação foi para dar testemunho disso.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Senhor, Tu sabes tudo!

Na sequência de posts em memória dos 10 anos de falecimento de Luigi Giussani, publicamos hoje um trecho do documentário realizado pela Rete4, italiana, no ano da morte do fundador de Comunhão e Libertação. Nesse trecho, Giussani, em 1989, comenta o capítulo 21 do Evangelho de São João. 

"Quando eu disse 'Senhor, sim, eu te amo!' [...], apesar de toda essa aparência, apesar das aparências até de mim para mim mesmo, Tu sabes que eu Te amo! Eu Te amo! Eu amo Cristo, quer dizer, eu quero Cristo. E 'eu quero' significa 'eu afirmo'. Eu Te afirmo, eu reconheço Quem Tu és! Eu reconheço o que és para mim, para tudo." (Luigi Giussani)


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A batalha de Dom Giussani pela liberdade do homem, entre religiosidade e poder

A três dias da celebração dos 10 anos de falecimento de Luigi Giussani (1922-2005), propomos, hoje, um vídeo no qual se apresenta um trecho de um diálogo ocorrido em 1986, em New York - "Cristo, tudo o que temos".

"Mas se há no homem algo que deriva diretamente da origem das coisas, do mundo - a alma -, então o homem é realmente livre. Não há como o homem se conceber livre em sentido absoluto: sendo que antes não existia e agora existe, depende. Necessariamente. A alternativa é muito simples: ou depende dAquilo que faz a realidade, ou seja, de Deus, ou depende dos movimentos casuais da realidade, ou seja, do poder. A dependência de Deus é a liberdade do homem" (Luigi Giussani)


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Miserere nobis, Domine: Adélia Prado

Iniciada a Quaresma, propomos um trecho de uma entrevista com Adélia Prado - no programa "Imagem da Palavra", do dia 23 de outubro de 2014 -, na qual a poeta explica a motivação do título de sua mais recente obra - (Miserere, publicado pela Record).

“A palavra miserere é um termo muito forte porque significa misericórdia, compaixão. Miserere nobis: tenha compaixão de nós!”



terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Cláudio Pastro: prática e teoria da ambientação litúrgica

No número 39 (jul-ago/2014) da Communio – Revista Católica Internacional, em sua versão francesa, o Padre Jean-Robert Armogathe [*] publicou um artigo a respeito do artista plástico Cláudio Pastro. As monjas do Mosteiro Beneditino de Nossa Senhora da Paz (Itapecerica da Serra/SP) traduziram o artigo e gentilmente nos cederam o direito de publicá-lo no blog do Núcleo Cultural Lux Mundi.
Segundo o editorial da revista, “o movimento litúrgico do século XX se inscreve na longa duração da reforma tridentina e do renascimento de uma abordagem doutrinal, teológica, da liturgia” [1]. “Essas preocupações teológicas têm o primeiro lugar na ambientação interior das igrejas onde Cláudio Pastro trabalhou: esse artista brasileiro, posto em destaque por Bento XVI (que lhe encomendou os vasos sagrados usados pelo Papa Francisco para a liturgia da JMJ do Rio/2013) e Francisco, inspirou-se nas obras de Romano Guardini e Louis Bouyer e esteve na escola dos beneditinos franceses.” [2]

Por Jean-Robert Armogathe

Formado por liturgistas, na escola de Romano Guardini e de Louis Bouyer, o brasileiro Cláudio Pastro (nascido em 1948) projetou, construiu, ambientou várias centenas de igrejas, oratórios, capelas: suas obras plásticas e seus ensinamentos fazem dele um dos mais influentes mestres contemporâneos.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

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domingo, 8 de fevereiro de 2015

O que é uma presença...

8 de fevereiro de 2015. Papa Francisco visitou a Paróquia de São Miguel Arcanjo, no bairro de Pietralata, em Roma. Mas, antes de chegar, parou por alguns minutos num acampamento de refugiados e imigrantes latino-americanos, a 300 metros da igreja. A visita do Papa não era esperada, foi uma surpresa para todos, especialmente para os habitantes do campo, que, quando o viram, correram ao seu encontro, primeiro as mulheres e as crianças, depois também os homens. Papa Francisco ficou com eles e rezou o Pai Nosso, antes de chegar, junto com o pároco que o acompanhou, à Paróquia de São Miguel onde era esperado por fiéis. No vídeo abaixo, os primeiros 90 segundos mostram como foi esse encontro. Na sequência, o encontro com as crianças da Paróquia.


"A novidade é a presença deste acontecimento de afeição nova e de nova humanidade, é a presença deste inicio do mundo novo."
(GIUSSANI, Luigi. Dall'utopia alla presenza. Milano: BUR, 2006, p. 66).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Para novos inícios


O Brasil está em queda livre. Cada dia subseguem-se nos jornais as notícias desta queda: falta de energia e de água; corrupção acarretando a gravíssima crise da Petrobrás e a perda da credibilidade internacional; crise das indústrias e planos de demissões, voluntárias e involuntárias, crise da educação em geral e das instituições universitárias; alta do dólar e do câmbio; inflação; violência cada vez mais presente em todos os níveis do cotidiano das pessoas etc.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O Lux Mundi na Zenit

A agência Zenit publicou, sob o título "Diante da eclosão dos terrorismo no mundo há uma forte negação do valor da pessoa", a primeira contribuição do Núcleo Cultural Lux Mundi. Como o momento traz à tona, uma vez mais, o problema do terrorismo, resolvemos deixar no alto do blog o conteúdo dessa nossa primeira postagem.
Acesse a Zenit clicando aqui.

O grande equívoco
Diante da eclosão dos terrorismos no mundo, estamos assistindo a enfrentamentos: por um lado, a sociedade europeia, norteada pelas ideologias da modernidade e da pós-modernidade, posicionando-se a favor da “liberdade de expressão”; por outro lado, outras sociedades, que poderíamos definir tradicionais, posicionando-se a favor de valores absolutos que em nenhum caso devem ser blasfemados e violados. As reações diante destes enfrentamentos são várias, como as de quem, como Contardo Calligaris (vide Folha), vem declarando que a única certeza absoluta que deve ser afirmada e unir as pessoas é a “de não ter certeza nenhuma”.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Nova atualização

Atualizamos a página de Integrantes do Núcleo Cultural Lux Mundi, no Blog, com a inclusão de um novo integrante.
Clique aqui ou na guia "Integrantes" no alto da página.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Atenção!

Atualizamos a página de Apresentação do Blog.
Clique aqui ou na guia "Apresentação" no alto da página.

Respeitar o ambiente e a dignidade da pessoa

Tendo em vista os graves problemas ambientais, energéticos e hídricos que assolam nossas cidades brasileiras, propomos alguns trechos da carta encíclica do Papa Bento XVI, Caritas in veritate (50 – 52), apontando a unidade profunda entre pessoa, sociedade e ambiente.

Por Bento XVI


“É uma contradição pedir às novas gerações o respeito do ambiente natural,
quando a educação e as leis não as ajudam a respeitar-se a si mesmas.”


"Devemos sentir como gravíssimo o dever de entregar a terra às novas gerações num estado tal que também elas possam dignamente habitá-la e continuar a cultivá-la. Isto implica 'o empenho de decidir juntos depois de ter ponderado responsavelmente qual a estrada a percorrer, com o objetivo de reforçar aquela aliança entre ser humano e ambiente que deve ser espelho do amor criador de Deus, de Quem provimos e para Quem estamos a caminho'. [i]
(...)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Atenção!

Atualizamos a página de Eventos do Blog.
Clique aqui ou na guia "Eventos" no alto da página.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Nós somos judeus

27/1/2015 - Na comemoração dos 70 anos de libertação do judeus de Auschwitz.

Por Luigi Giussani

Pio XI, a quem fora evidentemente mandado por Mussolini para pressionar que a Igreja favorecesse as leis raciais de Hitler, responde: “Nós somos espiritualmente judeus” [1]. É necessária uma leitura culturalmente primorosa para chegar a falar assim. Seja como for, o relacionamento entre o povo cristão e a realidade hebraica, culturalmente ou não, no hoje da história, é perfeitamente representado pela expressão usada por Pio XI.
(...)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O grande equívoco

Diante da eclosão dos terrorismos no mundo, estamos assistindo a enfrentamentos: por um lado, a sociedade europeia, norteada pelas ideologias da modernidade e da pós-modernidade, posicionando-se a favor da “liberdade de expressão”; por outro lado, outras sociedades, que poderíamos definir tradicionais, posicionando-se a favor de valores absolutos que em nenhum caso devem ser blasfemados e violados. As reações diante destes enfrentamentos são várias, como as de quem, como Contardo Calligaris (vide Folha), vem declarando que a única certeza absoluta que deve ser afirmada e unir as pessoas é a “de não ter certeza nenhuma”.